O desafio do acesso à energia no PacÃfico [parte dois]
2 de junho de 2022
Por Paul Makumbe , Diretor Regional da Camco para o PacÃfico
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Kia ora e bem-vindo à segunda e última parte da minha minissérie explorando o desafio do acesso à energia no PacÃfico. No meu último post, defendi a implementação urgente de mini-redes de energia renovável como parte integrante do acesso universal à energia nas Ilhas do PacÃfico e para ajudar a construir a resiliência das ilhas aos impactos das mudanças climáticas.
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Para que isso aconteça, é necessária uma gama de soluções inovadoras que abrangem toda a cadeia de valor e todos os principais stakeholders, que agora explorarei com mais detalhes.
Mudanças regulatórias
O atual ambiente regulatório em todo o PacÃfico foi amplamente desenvolvido para atender à s redes nacionais existentes operadas por empresas estatais. Para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 da ONU (garantir o acesso a energia acessÃvel, confiável, sustentável e moderna para todos) e incentivar a participação do setor privado, o ambiente regulatório precisa evoluir para garantir um ambiente operacional ideal tanto para as concessionárias existentes quanto para o novo setor privado desenvolvedores, garantindo ao mesmo tempo que o objetivo de acesso equitativo à energia para todos seja alcançado.
Modelos de negócios
A implantação bem-sucedida de mini-redes nas ilhas do PacÃfico apresenta uma oportunidade para desenvolvedores e reguladores explorarem modelos de negócios adequados que levem em consideração os desafios de acesso à energia predominantes e diferenciados na região. Fatores como acessibilidade, capacidade e capacidade de pagamento criam restrições únicas que podem ser resolvidas por meio do uso inovador de capital de doadores para criar mecanismos de apoio, como programas de financiamento baseados em resultados que ajudam a preencher a lacuna de viabilidade.
Soluções técnicas
O princÃpio básico para a operação da rede é fornecer eletricidade ao consumidor com o menor custo, atendendo aos nÃveis de serviço pré-definidos. Para garantir que isso seja alcançado em mini-redes em todo o PacÃfico, a implantação da geração de energia renovável precisa ser associada a sistemas de armazenamento para formar a base da geração necessária. Isso combinado com a medição inteligente que permite pagamentos pós e pré-pagos, bem como operação off-line e on-line (todos os quais podem ser integrados à s cargas do consumidor) representam um terreno fértil para empresas inovadoras de tecnologia limpa trazerem ao mercado soluções que tornam uma diferença.
Envolvimento do setor privado
Incentivar a participação do setor privado na solução do desafio de acesso à energia do PacÃfico é fundamental para garantir soluções sustentáveis que tragam benefÃcios a todas as partes interessadas. Mas convencer o setor a apoiar o desenvolvimento, construção e operação de mini-redes requer (1) um projeto economicamente viável (conseguido através do uso de suporte a lacunas de viabilidade) e (2) a estrutura regulatória certa para incentivar a implantação de tecnologia inovadora por meio de modelos de negócios especÃficos da ilha que recompensam adequadamente todas as partes interessadas.
A realidade no PacÃfico é que atualmente há um envolvimento mÃnimo do setor privado na abordagem do acesso à energia, em grande parte impulsionado pela percepção de que os investimentos nas ilhas do PacÃfico apresentam um risco maior. Soluções como o mecanismo de financiamento combinado TIDES da Camco, apoiado pelo uso inovador de subsÃdios catalÃticos do DFIS para preencher a lacuna de viabilidade, o financiamento pode desempenhar um papel fundamental na redução do risco dos investimentos do setor privado no fornecimento de acesso equitativo à energia.
Leia o primeiro post desta série aqui .
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